“A humanidade enfrentará o maior dos seus desafios: sobreviver à fúria da natureza.”
Humanidade constituída por formas geométricas simétricas ao eixo da terra. Somos nós, os correspondentes desta natureza sensata.
Nem todos somos poetas da vida xenófoba e quando a natureza se entristece, faz-se luz no fundo do túnel e cantam-se orações de louvor profícuas.
Já nem temos a certeza de se ainda existe um lugar para ficarmos a permanecer neste universo. O encontro dos pesadelos é a próxima estação…A população cresce e com ela vão crescendo as ideias decadentes…O narcisismo realça-se por todos os estatutos sociais, hoje, ninguém quer saber de ninguém! A vida é um puzzle inacabado.
Onde estão as respostas contra a fúria da natureza?! Não devem de existir, ou então escondem-nas. As mentes já estão corrompidas de tanta gritaria inesperada. É a amarga melancolia. A natureza vai permanecer sozinha, e o seu reflexo no espelho esbatido em seixo não será o mesmo. Paisagem desconhecida. Sangue dos inocentes a escorrer pelo quadro fora até à tampa dos esgotos. Alguém nos traiu…Ou fomos nós que não cumprimos as regras?! O meu rosto foi violado por lágrimas, pela loucura, pelo desespero. Sussurro-vos um segredo mas vocês não ouvem. Esta angústia de te ver morrer…és como uma criança que morre afogada, deixada a boiar nas águas salgadas do mar. Arranco do coração os espinhos deixados pelas rosas, e luto por ti! Até ao fim para não te perder! Ajuda-me! Preciso de ti! Quero cair de um velho letargo…
Amanhã renasceremos abraçados!